terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Felicidade





A felicidade viu um palácio
O olhou e foi se refugiar
Achou-o um monstro
Disposto a muitos matar

O dono do palácio
Vivia a reclamar
Da escuridão de seus dias
Nem o sol ali queria entrar

Refugiou-se na torre
Para poder os raios do sol ver entrar
Gritou bem alto da torre
O que fiz eu para me abandonar

Gritou o mais alto que pôde
Que a felicidade se pos a rastejar
Chegando bem perto de mansinho
Para poder a ele escutar

Escutou muitas lamúrias
No meio de tantas formosuras
Que sua vida ficou trancada
Dentro desta clausura

Chorou por tantas vezes
Que a saudade sentiu pena
Convidou-o par passear
Para aliviar-lhe o pesar

Mostrou-lhe crianças brincando
Casais também se amando
Familias inteiras reunidas
Vivendo o amor, serenas

Mostrou-lhe a beleza lá fora
Da fortaleza, a prisão
Que o dono do palácio
Tomou uma decisão

Pediu para que mudassem as leis
O palácio virou ponto turistico
E ele mudou para um lugar mais bonito
Convidando a felicidade
Para morar consigo

Sentou-se na relva macia
Depois deitou e se pos a olhar
As nuvens que corriam no céu
E as andorinhas do ar

Ficou tão leve e contente
Que os olhos só sorriam a apreciar
Estava livre da prisão
Que quase o conseguiu matar

Rosalina Herai